No dia 16 de novembro de 2020, dia oficial do lançamento do PIX. Assim, estará disponível amplamente para todas as pessoas e empresas que possuem uma conta corrente, conta poupança ou uma conta de pagamento pré-paga em uma das 762 instituições aprovadas pelo Banco Central para ofertarem essa novidade.
O Governo Federal está lançando o Pix, que é o novo sistema de pagamento instantâneo brasileiro. A saber, o meio de pagamento foi concebido pelo Banco Central e permite que os recursos sejam transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. Considerado rápido, prático e seguro, o Pix pode ser feito a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.
Como funcionará o Pix
Portanto, em breve, o Pix, entrará na vida do brasileiro. Para isso, pessoas e empresas irão fazer o cadastro das chaves Pix. Trata-se de um jeito simples de identificar a conta para receber pagamentos e transferências de uma forma muito mais prática.
Para pessoas físicas, o Pix será gratuito — seja para transferir para outra pessoa, receber, pagar um produto ou um imposto, no caso de instituições governamentais.
Método de identificação
Uma das grandes vantagens do Pix é a agilidade no pagamento. Em vez de pedir agência, conta e dados pessoais do recebedor, basta pedir a Chave Pix, que é a identificação de preferência.
Exemplo: o recebedor cadastrou previamente seu número de telefone celular para receber o crédito em determinada conta. Então, em vez de informar manualmente todos os dados, inclui apenas o número do telefone celular. Ao fazer um Pix, o sistema identifica as informações da conta do credor a partir dessa chave.
A Chave Pix previamente cadastrada pode ser CPF, CNPJ, e-mail, número de celular ou chave aleatória (uma sequência alfanumérica gerada aleatoriamente que poderá ser utilizada por usuários que não queiram vincular seus dados pessoais às informações de sua conta transacional).
O recebedor também pode gerar QR Codes.
O que são as chaves do Pix?
Ao invés de lembrar ou anotar código do banco e números de agência, conta e CPF ou CNPJ para fazer uma transferência, tudo que os usuários precisam é de uma chave do Pix, qual é conhecida também como “apelido” no sistema de pagamento — funciona bem se pensar como o nome de usuário de uma rede social, o @ de alguém.
Pix / Banco Central
Cada pessoa física poderá registrar até cinco chaves por conta, quais podem ser:
CPF;
Número de telefone;
E-mail;
Combinação numérica aleatória.
Essa chave fica vinculada ao banco no qual fez o cadastro e é por ela que se recebe o dinheiro. Uma chave usada em um banco não poderá ser também usada para outro, mas pode-se fazer a portabilidade da chave para outra instituição.
E o QR Code e NFC?
Há dois tipos de QR Code que podem ser usados no Pix: os dinâmicos, que mudam a cada transação; e os estáticos, quais permitem usar em múltiplas transações e podem ter ou não um valor já definido no código (ideal para estabelecimentos, por exemplo). Dessa forma, basta apontar a câmera do celular e fazer o pagamento, como já existe em outros aplicativos semelhantes.
Saques
O Pix também permitirá saques. Entretanto, isso não acontecerá logo no início. Mais para frente, a ideia é que os usuários possam fazer saques em qualquer estabelecimento como uma loja de roupas ou no mercado da esquina. O usuário faz a transferência para a empresa e recebe o dinheiro em espécie na hora.
Quanto custa o Pix
Para transferências digitais de pessoa física e MEI, o Pix será gratuito. Poderá haver cobrança em caso de solicitações de transferência efetuadas por atendimento presencial ou telefônico e em recebimentos por vendas. Nos demais casos, é vedada a cobrança.
Para pessoas jurídicas (empresas), é de escolha do banco ou fintech cobrar pelo uso do Pix.
Propósitos do Pix
Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, o Pix tem o potencial de:
- Alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;
- Baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;
- Incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo;
- Promover a inclusão financeira; e
- Preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.
Benefícios do Pix
- Rapidez – Transações concluídas em poucos segundos, recursos disponíveis para o recebedor em tempo real
- Disponibilidade – 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive feriados
- Facilidade de uso – Experiência facilitada para o usuário
- Barato – Gratuito para pessoa física pagadora e custo baixo para os demais casos
- Seguro – Robustez de mecanismos e medidas para garantir a segurança das transações
- Aberto – Estrutura ampla de participação, possibilitando pagamentos entre instituições distintas
- Versatilidade – Instrumento multiproposta, que pode ser usado para pagamentos independente de tipo e valor da transação, entre pessoas, empresas e governo
- Integrado – Informações importantes para conciliação poderão cursar junto com a ordem de pagamento, facilitando a automação de processos e a conciliação dos pagamentos
- Ambiente aberto – o P2P estará disponível não só para bancos como também para financeiras, fintechs e afins;
- Multiplicidade de casos de uso – o P2P permitirá transferências de qualquer valor entre pessoas ou empresas, pagamentos em estabelecimentos físicos ou virtuais e recolhimentos ao governo federal (impostos);
- Fluxo de dados com informações agregadas – informações importantes sobre a conciliação poderão trafegar com a ordem de pagamento.
Fazendo pagamentos com o Pix
O Pix poderá ser usado para pagamentos em estabelecimentos físicos, em lojas online ou para transferências entre pessoas, empresas ou instituições do governo. Para quem recebe, será preciso informar uma das chaves cadastradas ou mostrar um QR Code; já quem paga, basta acessar o aplicativo do banco para fazer o pagamento.
Diferenciais do Pix
O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Dessa forma, qualquer pagamento ou transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão, boleto etc.), poderá ser feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.
As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição (transferência simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). Portanto, o Pix é mais uma opção disponível à população que convive com os tipos tradicionais. A diferença é que, com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um telefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix. Outra diferença é que o Pix não tem limite de horário, nem de dia da semana e os recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos segundos. O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, de banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento, entre outros.
As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras, enquanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code. A diferença é que, no Pix a liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da conclusão da transação e o pagamento pode ser feito em qualquer dia e horário.
As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas ou instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do telefone celular, sem a necessidade de qualquer outro instrumento.
O Pix tende a ter um custo de aceitação menor por sua estrutura ter menos intermediários.
Fraudes e cuidados
Segundo o Banco Central, o Pix é seguro sim. As informações são protegidas pelo sigilo bancário, assim como as transferências via TED e DOC, e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As transações também serão criptografadas. Para realizar uma fraude, porém, o criminoso teria que invadir o dispositivo da vítima por meio de roubo ou ataque cibernético. Nesse sentido, portanto, a vulnerabilidade do Pix seria similar às presentes no TED ou DOC.
De qualquer forma, é importante tomar os mesmos cuidados indicados para Internet Banking ou mobile banking (aplicativo). Uma das recomendações é utilizar somente o app e site oficiais do banco ou serviços de pagamentos para cadastro de chaves. Agora é aguardar pra ver como fica o percentual de pagamentos do estabelecimento em relação a dependência dos pagamentos por cartão de crédito e débito.
Espero ter esclarecido muitas dúvidas sobre esse novo sistema de pagamento, o Pix. Mas, se te restar alguma ou algumas dúvidas, estou à disposição para te responder.