Você certamente deve conhecer um amigo ou parente que investe ou já investiu em Bitcoins. Para uns o Bitcoin é o futuro da economia, um ótimo investimento com mercado promissor. Para outros, tudo não passa de uma moda financeira, cheio de riscos e incertezas.
Então, qual a verdade? Bitcoin, ou qualquer outra criptomoeda, é realmente um bom investimento? O mercado de moedas digitais é seguro? Por onde começar a investir? É sobre isso que iremos falar hoje.
Mas afinal, o que é Bitcoin?
Criada em 2008, Bitcoin é a primeira e a mais conhecida criptomoeda. Desenvolvida de modo não centralizado, ela não está ligada a nenhum banco ou país, o que significa que se trata de uma moeda totalmente independente e dinâmica.
Apesar de ser a criptomoeda mais negociada do mundo, o Bitcoin não é a única moeda virtual. Até o momento existem mais de 900 moedas digitais. Recentemente o Facebook anunciou que irá lançar sua própria criptomoeda batizada de libra. Isso representará um grande investimento no setor, que deverá se tornar ainda mais sólido e confiável.
Não podemos dizer que o Bitcoin seja um modelo de investimento pequeno. Estima-se que o volume mundial de transações realizadas em Bitcoin só este ano supere a marca de 830 bilhões de dólares.
Como funcionam as criptomoedas?
As criptomoedas são unidades financeiras que existem apenas no mundo virtual, mas isso não quer dizer que elas não possam ser convertidas em dinheiro tradicional. Em diversos países, como Rússia, China e Japão, as criptomoedas já são aceitas em diversas empresas. Como não são emitidas por um governo ou Banco Central (como é o caso do Real e outras moedas), as moedas virtuais operam de um modo único.
No caso do Bitcoin, sua emissão é descentralizada e espalhada através de milhões de computadores que se oferecem como parceiros de emissão. Deste modo, não há um só computador que armazene a moeda e ela transita constantemente, de um servidor a outro.
Neste processo algumas maquinas usam softwares específicos para gerar novas unidades de Bitcoin – isto é chamado no meio dos negociadores de “minerar”.
Em outras palavras: o Bitcoin nasce, é transferido e convertido de modo totalmente independente, sem que nenhuma instituição detenha seu poder nem interfira diretamente em seu valor.
Bitcoin é um bom investimento?
Esta pergunta é muito relativa. Primeiro você deve definir o seu perfil como investidor. Se você é conservador e não gosta de perder nenhum centavo, então Bitcoin não é para você.
Como se trata de um investimento novo, as criptomoedas ainda não possuem uma regulamentação clara no Brasil. Sem contar o fato que elas podem variar muito. Para se ter uma ideia, em abril deste ano o Bitcoin caiu drasticamente e subiu, misteriosamente, nada menos que 20%.
Agora, se você aceita riscos e gosta de se aventurar por novos modelos de investimentos, talvez o mercado das criptomoedas seja uma boa alternativa para diversificar sua carteira.
O grande diferencial do Bitcoin é que ele é validado pela tecnologia do Blockchain, que funciona como um gigantesco livro contábil que analisa e monitora as transações virtuais. Esse modelo é considerado muito seguro e garante a autenticidade da moeda.
Como investir em Bitcoin?
Uma vez disposto a começar a comprar Bitcoins, você terá que pesquisar mais sobre o assunto. Quanto mais bem informado você estiver sobre este mercado, mais seguro será o seu investimento.
O primeiro passo é abrir conta numa agência de negociação ou corretora que trabalhe com Bitcoin ou outras moedas digitais. É importante lembrar que o Bitcoin ainda não é regulamentado no mercado brasileiro nem pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários) ou o BC (Banco Central).
Desta forma é fundamental conhecer bem as referências da empresa de gerenciamento de sua carteira virtual.
No Brasil, as empresas de negociação de Bitcoin (também chamadas de Exchange) mais conhecidas são a Bitcoin to you, a Foxbit, e o Mercado Bitcoin. A vantagem de contratar uma corretora é que você terá mais segurança e liquidez.
Atualmente um Bitcoin vale cerca de R$ 45.213 – mas esse valor pode variar em poucas horas, para mais ou menos. Uma vez comprado o valor desejado (que pode ser fracionado, ou seja, é possível comprar apenas parte de um Bitcoin), o usuário obtém um código alfanumérico conhecido como “endereço”, que representa a autenticidade da quantia negociada.
Há quem prefira armazenar seus Bitcoins em carteiras virtuais, programas criados para guardar o seu dinheiro de maneira segura, longe de ataques de hackers.
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Vantagens e desvantagens de investir em Bitcoin
Como todo investimento, o mercado das moedas virtuais tem prós e contras. A primeira coisa a ser considerada é a segurança. Não invista em empresas de Exchange sem antes pesquisar detalhadamente. Não são raros os casos de operadoras de Bitcoin que faliram e deram calote em seus investidores. Confiança é primordial.
Em segundo lugar estude os custos operacionais. Quanto a casa de Exchange cobra? Há taxas ocultas?
Para que você tenha uma ideia de valores, a Mercado Bitcoin, bastante conhecida no Brasil pelos investidores da área, cobra uma taxa fixa de R$ 2,90 além de 1,99% sobre o valor do depósito ou do saque. Há ainda uma taxa de comissão, que varia entre entre 0,3% e 0,7% por operação.
Vejamos agora as principais vantagens do Bitcoin:
- O Bitcoin está se tornando uma moeda cada vez mais sólida, o que fará com que os investidores obtenham bons lucros no futuro.
- A moeda é cada vez mais aceita mundialmente.
- Quando comparada a outras moedas, o custo de gerenciamento do Bitcoin é muito baixo.
- Ao contrário das moedas nacionais, o Bitcoin não sofre intervenções ou manipulações para gerar demanda. Ele é regido totalmente pelo livre mercado, de modo independente e dinâmico.
- As transações em Bitcoin são feitas 24 horas por dia, sem interrupções, sem riscos de apagões (pelo menos até o momento) e de maneira muito rápida.
- O Bitcoin é uma moeda escassa, ou seja, ao contrário do Dólar ou Real, que podem ser emitidos infinitamente, o Bitcoin foi feito para atingir um número limite, que será de 21 milhões. Isso significa que no futuro a moeda se tornará mais valiosa.
Desvantagens do Bitcoin
- Como se trata de uma moeda independente, ela não é reconhecida pelo governo brasileiro, portanto, não é assegurada contra quebras, roubos e demais problemas.
- Trata-se de um mercado de alto risco, uma vez que o Bitcoin pode sofrer variações bruscas de valor. Só no ano de 2017 a moeda foi de mil a 19 mil dólares. Claro, quem investiu na compra na época certa ganhou muito dinheiro, mas o contrário também acontece e você pode tomar um grande prejuízo.
- Se trata de um modelo econômico tão novo que ainda não há uma aceitação universal.
- Todo o gerenciamento das criptomoedas depende da internet e de soluções tecnológicas, o que abre margem para roubos e invasões.
- O Bitcoin não tem lastro, ou seja, não tem aceitação de compra ainda definidos. Acredita-se que no futuro empresas como Google e Apple terão suas moedas para transações gerais, mas isso ainda não é uma realidade.
Resumindo
Espero que você tenha aprendido mais sobre Bitcoins. Embora seja um modelo inovador de investimento digital, é importante ficar atento aos riscos das criptomoedas.
Se você decidir investir neste setor, faça com calma e jamais comprometa seu orçamento. Inclua o Bitcoin na mesma categoria de investimentos de alto risco e acompanhe de perto as variações do mercado.
Se a tendência se manter, em breve teremos diversos modelos de criptomoedas, o que deverá deixar o mercado ainda mais diversificado. A chegada do Facebook ao universo das moedas digitais é prova de que a briga será entre cachorros grandes.