Foi-se o tempo em que para investir era preciso ter grandes quantias de dinheiro. Hoje o mercado de investimentos no Brasil se diversificou e podemos usufruir de diversos produtos financeiros, sem a necessidade de enormes depósitos.
Como diria Warren Buffett, a melhor forma de começar a investir é começando. Separe parte do seu orçamento (a regra do 50, 30 e 20 pode lhe ajudar a economizar) e pesquise qual o melhor tipo de produto financeiro para o seu perfil.
Começar aos poucos lhe dará a segurança necessária para dar os primeiros passos no mundo dos investimentos.
Foi pensando nisso que selecionei alguns dos melhores investimentos da atualidade para quem deseja começar com pouco. Mas vale lembrar que todo investimento possui riscos e precisa ser feito de acordo com o seu perfil de aceitação a esses riscos.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é a melhor opção para quem deseja sair da poupança sem perder a liquidez ou a segurança. Além de ser um investimento muito sólido e confiável, o Tesouro Direto não exige grandes aportes mensais.
Um bom exemplo é o Tesouro Prefixado 2025, que pode ser adquirido a partir de R$ 36,56 (valores de dezembro de 2019). A rentabilidade é 6,48% ao ano e há incidência de Imposto de Renda regressivo – a alíquota vai de 22,5% a 15% dependendo do tempo do investimento.
Outra vantagem do Tesouro Direto é que, de acordo com o tipo de título, a liquidez costuma ser quase imediata. No caso do Tesouro Prefixado 2025 o saque pode ser feito em até um dia útil.
Fique atento:
Existem três tipos de Tesouro Direto, cada um com um tipo de rendimento. Confira:
- Tesouro Selic: neste caso o rendimento do título acompanha a taxa básica de juros do Brasil, a famosa Taxa Selic. Atualmente a Selic está em 4,5% ao ano.
- Tesouro Prefixado: aqui temos uma rentabilidade estabelecida no momento da compra do título. Ou seja, o investidor sabe exatamente qual será o rendimento total até o final da aplicação.
- Tesouro IPCA: neste modelo temos uma remuneração que visa superar a inflação do período, medida pelo índice IPCA. Também chamamos esse modelo de híbrido.
Ações
Ações são parcelas de empresas negociadas em Bolsa. São um tipo de investimento para perfis mais arrojados, pois sofrem variações constantes e podem trazer prejuízos para seus acionistas.
Por outro lado, com um pouco de estudo e pesquisa, é possível escolher empresas sólidas e confiáveis. Os investimentos em ações costumam ser bem mais rentáveis que os títulos de renda fixa. Além do mais as ações são um investimento bastante democrático. É possível comprar ações com menos de 100 reais de investimento.
Cada investidor possui o seu estilo na hora de investir em ações. Há quem prefira escolher as empresas individualmente. Para isso é necessário pesquisar sobre a administração da empresa e sua saúde financeira.
Mas se você não quiser perder tempo com análises a outra opção é investir em ações através de um fundo – os chamados ETFs. A desvantagem é que os ETFs costumam ter um valor mínimo um pouco maior que as ações avulsas.
Fundos de investimentos
Os fundos de investimentos são uma ótima opção para quem está com a grana curta e deseja começar a explorar modelos mais rentáveis.
Na prática os fundos são compostos por diferentes produtos financeiros dentro de um único título. Podemos dizer que eles são como clubes, onde cada cotista compra seu passe por um preço fixo.
A grande vantagem dos fundos é a grande variedade de modelos, com investimentos a partir de R$ 100,00. Como são administrados por empresas ou gestores especializados, os fundos costumam ser sólidos – mas todo cuidado é pouco.
A parte ruim de investir em fundos é que nem sempre dá para saber onde o seu dinheiro está sendo empregado. Há muitos fundos ruins, que podem trazer dores de cabeça ao investidor. A dica é sempre pesquisar antes de colocar o seu dinheiro em qualquer tipo de fundo.
Antes de entrar em um fundo, fique atento ao tipo de composição de seus títulos. Confira os principais tipos:
Fundos de renda fixa: como o nome já diz, são fundos que investem em produtos de renda fixa. Devem possuir pelo menos 80% de seus títulos em renda fixa e geralmente possuem como objetivo a rentabilidade igual ou acima do CDI. São recomendados para investidores tradicionais e em busca de segurança.
- Fundos multimercados: são fundos que diversificam suas carteiras entre diferentes títulos, tanto de renda fixa quando variável. Deste modo, se um setor sofre quedas o fundo se apoia em outros papeis.
- Fundos de ações: possuem em média 70% dos títulos atrelados aos índices da Bolsa de Valores. Como dependem da flutuação dos valores negociados diariamente, haverá sempre mais risco, mas também mais rentabilidade.
- Fundos imobiliários: os conhecidos FIIs são fundos de investimento que direcionam seu capital para empreendimentos imobiliários. Alguns modelos pagam dividendos mensais, o que pode representar maior retorno. O risco desse tipo de fundo são a vacância (quando os imóveis não são alugados) e a volatilidade do setor imobiliário.
Dica especial:
Antes de investir num fundo, recomendo a ferramenta de comparação da Verios. Trata-se de um sistema que analisa o desempenho do fundo e o compara com os principais referenciais do mercado, como o índice Ibovespa e o CDI.
CDB
Os CDBs, Certificado de Depósito Bancário, são uma excelente alternativa para quem deseja liquidez e segurança, com boa rentabilidade e investimento inicial baixo. Explicando de modo simples, um CDB nada mais é que um título emitido por instituições bancárias para arrecadar dinheiro.
Ao emprestar dinheiro a um banco você recebe juros, que em média gira na casa dos 10% ao ano (mais o desconto do Imposto de Renda). Por sua simplicidade e solidez o CDB é o tipo de investimento mais popular entre os brasileiros, depois da poupança.
É importante lembrar que para que o CDB seja vantajoso é necessário cumprir todo o prazo do contrato. Saques feitos antes do final do título terão maior incidência de Imposto de Renda, o que irá prejudicar a rentabilidade.
Fique atento:
CDBs de bancos grandes costumam pagar rendimentos menores. Prefira sempre as corretoras e opte por títulos de bancos menores, onde a rentabilidade costuma ser bem mais interessante.
E você, o que achou das dicas? Se precisar da ajuda de um especialista em finanças, basta agendar uma análise.
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