A expressão “pensar fora da caixa” está em todos os lugares, mas o que ela realmente significa?
Além de representar uma nova forma de ver as coisas, pensar fora da caixa quer dizer “pensar de um modo inovador” ou “pensar fora dos padrões comuns”. Esta é uma qualidade cada vez mais buscada por empresas de todos os setores e fundamental para a evolução pessoal e profissional.
Pensar fora da caixa não é um dom, mas um conjunto de ações que irão lhe manter afinado com novos modelos mentais, filosofias e soluções. Confira 7 dicas essenciais para mudar o jeito como pensa para um modo ainda mais produtivo.
1 – Faça as perguntas certas
Pessoas que pensam fora da caixa costumam ser pessoas curiosas. Não se conformar com a atual situação das coisas é o primeiro passo para uma mudança real de visão do mundo. Isso não significa transformar tudo numa grande pergunta sem resposta, mas em fazer as perguntas certas. Saber questionar é uma arte e quem domina essa capacidade domina o mundo.
Uma das qualidades mais valorizadas no mundo empresarial é a capacidade de se manter curioso. O modelo tradicional, onde os funcionários mantinham uma confiança cega no sistema, está dando lugar a uma postura mais estimulante e inquiridora. Não tenha medo de errar e mostre-se sempre disposto a aprender novos significados.
2 – Seja disruptivo
A palavra disrupção ainda é nova em nosso dicionário, mas está cada dia mais presente em nossa rotina. Especialmente no mundo empresarial, quebrar os paradigmas se torna fundamental para o sucesso.
O termo foi usado pela primeira vez pelo pesquisador Joseph L. Bower num artigo de 1995 e representa um momento de ruptura entre um modelo pré-concebido e uma nova ideia. Este é um conceito muito usado no mundo da tecnologia. Podemos dizer que a internet móvel foi incrivelmente disruptiva em comparação a antiga internet discada, ou que as empresas de mobilidade como Uber e 99 são disruptivas dentro de um modelo tradicional de transporte.
Segundo o coach José Roberto Marques, para que uma ação seja disruptiva:
“É preciso que realize algum tipo de transformação dentro de um segmento de mercado através de soluções simples e acessíveis, que tenha um impacto positivo na vida das pessoas.”
Ou seja, ninguém pode ser disruptivo preso dentro de sua própria bolha. É preciso olhar ao redor e entender o comportamento das outras pessoas. Também é importante possuir uma visão clara sobre seus objetivos e compreender a necessidade de sempre se reinventar. Uma pessoa disruptiva não trabalha apenas por dinheiro, mas para mudar o mundo e a si mesmo.
3 – Não tenha medo de dizer “não sei”
Vivemos numa sociedade onde ninguém parece ser capaz de admitir ignorância. Todos são especialistas em todos os assuntos. Para pensarmos “fora da caixa” é preciso admitir que o seu pensamento está, primeiramente, “dentro da caixa”. Quando reconhecemos nossas limitações, aprendemos de maneira mais assertiva e competente.
Saber pedir ajuda, ouvir e reconhecer sua falta de conhecimento em determinado assunto é uma excelente forma de criar laços sociais duradouros. As pessoas, de um modo geral, adoram ensinar o que sabem. Quando aprendemos com alguém estamos também abrindo uma porta de amizade e parceria.
Saiba escolher bem seus mestres e ídolos. Selecione as pessoas que serão para você exemplo de ética e profissionalismo. Quando criamos rotinas saudáveis de aprendizagem, transformamos dúvidas em atitudes positivas e produtivas.
4 – Se divirta fazendo o que faz bem
Steven Levitt é um economista premiado e famoso no mundo inteiro por seu livro “Freakonomics”, grande sucesso de vendas. No seu livro seguinte, “Pense como um Freak”, ele nos fala da importância de encontrar um caminho entre prazer e obrigação.
Levitt pesquisou centenas de casos de pessoas de sucesso e descobriu que elas tinham algo em comum: a maioria delas amava o que fazia. Segundo o autor:
“Por que é tão importante se divertir? Porque se você ama seu trabalho (ou seu ativismo, ou seu tempo em família), você vai querer fazer mais do mesmo. Você vai pensar nisso antes de dormir e assim que acordar; sua mente estará sempre em marcha. Quando você está envolvido, você faz círculos em torno de outras pessoas, mesmo que elas sejam naturalmente mais talentosas.”
Encontrar uma profissão que você ame irá transformar rotina em diversão, monotonia em aprendizagem, cansaço em estímulo. Não é uma tarefa fácil, mas Levitt também fala sobre como podemos criar pequenas “ilhas” de satisfação dentro de tarefas pouco prazerosas. Geralmente, sentimos mais prazer com aquilo que nos ensina algo novo, portanto, mudar o olhar sobre o que consideramos chato é fundamental.
Quando se deparar com um trabalho cansativo ou monótono, se pergunte:
- Como posso fazer esse mesmo trabalho de um outro modo, mais estimulante e inovador?
- Como posso aprender algo novo aprimorando minhas capacidades?
- O que meus colegas e superiores têm a me ensinar dentro da empresa?
5 – Faça alianças
Napoleon Hill, autor de As 16 leis do sucesso, define bem esta questão:
“Nenhuma pessoa é capaz de projetar sua influência no mundo sem a aliança amistosa com outras pessoas.”
Ter um pensamento inovador depende, diretamente, da construção de laços sociais. Quanto mais ajudamos aos outros, mais conhecemos novas ideias e mais expandimos nossa inteligência emocional. Isso pode ser um grande desafio num mundo cada vez mais virtual e focado em redes sociais. De todo modo, é na vida real e diante de pessoas reais que mostramos nosso verdadeiro valor.
Reforce seus laços pessoais e valorize o trabalho de colegas e amigos. Uma das melhores formas de se obter o respeito de outras pessoas é se mostrando afetuoso e cordial. Faça do seu ambiente de trabalho um lugar mais leve e sem julgamentos pessoais.
6 – Tenha um mapa do seu destino
Seth Godin, um dos maiores especialistas em marketing e sucesso empresarial do mundo, define em seu livro Quebre as regras e reinvente que sem um objetivo ninguém sai do lugar. Godin cita os estudos que analisaram o que acontece quando estamos perdidos. Não perdidos metaforicamente, mas perdidos de verdade, no meio de uma floresta ou deserto. Jan Souman, líder deste experimento, descobriu que seres humanos sem direção, literalmente andam em círculos. Quando uma pessoa está num ambiente sem orientações, ela acaba andando sem rumo e voltando para o mesmo lugar.
Ainda segundo Godin:
“A natureza humana diz que precisamos de um mapa. Se você tiver coragem suficiente para desenhar um, as pessoas o seguirão.”
Ou seja, tenha uma rota clara e objetiva do que você deseja. Saiba onde quer chegar, confie no seu trabalho e siga seu caminho.
7 – Não enrole, aja agora
Jeff Sutherland, autor do excelente livro Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo, oferece diversas técnicas para ativar a produtividade, mas uma delas é bem interessante:
“A hesitação é a morte. Observe, avalie, decida, aja. Saiba onde está, avalie suas opções, tome uma decisão e aja!”
Para Sutherland, é importante não desperdiçar energia criando desculpas para adiar a ação. Ter um pensamento inovador sem proatividade é o mesmo que nada. Pessoas disruptivas são indivíduos com alta capacidade de ação e decisão. O autor cita ainda a técnica do Shu Ha Ri, original do Japão.
Diante da necessidade e agir rapidamente, primeiro, aprenda as regras e as formas de se realizar um projeto. Quando dominar a parte teórica, faça inovações e modifique as regras de acordo com o seu jeito de pensar. Por fim, quando possuir um elevado de domínio da técnica, descarte-as. Tome suas decisões de modo natural e fluído.
Que tal dar um passo em direção a uma vida mais produtiva e dinâmica? Posso lhe ajudar a criar rotinas mais disruptivas. Vamos trocar ideia?